Programa “Mais Leitura, Mais Saúde” no HEGV: inserindo a literatura infantil na Pediatria como forma de humanização

O hospital é um local que acaba gerando medo e insegurança em muitos adultos. Quando o mesmo acontece com crianças, o caso se agrava, pois, por se tratar de um local desconhecido, com pessoas estranhas e com picadas e remédios amargos, as crianças tendem a se fragilizarem com mais facilidade, esquecendo toda a graça e magia de ser criança. A literatura infantil é uma bela forma de resgatar todo esse mundo, fazendo-a usar a sua imaginação e criatividade, transportando-a para um outro lugar, bem longe das paredes do hospital.

No “Mais Leitura, Mais Saúde”, que usa os livros como elemento de ajuda na recuperação dos pacientes internados, a biblioteca volante passa pelos corredores do Hospital Estadual Getúlio Vargas oferecendo livros, tornando melhor a permanência do paciente na unidade. Com o programa, o estresse da internação é reduzido, além de melhorar a memória dos usuários. Além dos pacientes, os acompanhantes e os funcionários do Hospital também são beneficiados pelo projeto, que é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

Por acreditar na proposta de humanização através da leitura dentro do Hospital, a enfermeira Ana Paula Lourenzo, que atua no Núcleo de Acolhimento à Família (NAF) do HEGV, doou livros infantis para que o Projeto também chegasse aos setores pediátricos da unidade. E chegou! Na manhã do dia 30 de maio, os pacientes mirins internados receberam a visita dos monitores que participam da abordagem beira leito. O resultado foi surpreendente e enriquecedor. “A companhia dos livros contribui eficazmente na melhora do quadro clínico das crianças e na aceitação do tratamento. Há um mundo por trás das páginas de um livro e, nesse momento de leitura para eles, os pacientes, o medo fica longe, o que facilita a aproximação dos médicos e enfermeiros”, destaca.

Vitor Hugo Silva Souza adorou a iniciativa e deu total apoio à ideia. “Não sabia que ia encontrar livros como esses por aqui. O Hospital está de parabéns! Minha filha só tem 11 meses, mas ela interage muito com as figuras e o tempo passa mais rápido. Mesmo sem saber ler, ela fica bastante atenta na hora de ouvir as histórias. Vou usar essa estratégia em casa também”, relata o pai da Laurinha.

A responsável pelo Programa, Natália Viegas, reconhece que investir na apresentação dos livros para os pequeninos internados na pediatria traz benefícios no ambiente hospitalar e para toda vida. “Os livros são próprios para as crianças. Os pais participam, lendo para seus filhos, e ajudam os pequenos a se conectarem com as histórias, com as fantasias, com os personagens. Isso reduz o stress do ambiente e cumpre seu objetivo de tornar um pouco menos dolorosa a estadia dos filhos no hospital”, afirma a Ouvidora.

Para o IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha, o “Mais Leitura, Mais Saúde” se mostra muito útil na recuperação da criança hospitalizada. Uma bela história proporciona encantos, onde a imaginação infantil é quem manda, sem remédio ou agulha, sem dor e sofrimento, onde ela mesma é construtora de sua história e o dia a dia do hospital é deixado um pouquinho de lado, para dar lugar a todo esse mundo que é dela.

Fonte: Ouvidoria do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Fotos: IPCEP.