Patrulha Maria da Penha participa de roda de conversa no Hospital Estadual Getúlio Vargas

24 de agosto, 2023

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha, através da Coordenação de Serviço Social, promoveram uma roda de conversa com colaboradoras do Hospital Estadual Getúlio Vargas e UPA Penha 24h e integrantes da Patrulha Maria da Penha. O encontro faz parte das ações do “Agosto Lilás”, campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.969/2016, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.

Na oportunidade, as mulheres foram recebidas em um ambiente acolhedor de confraternização e diálogo aberto. Elas puderam contar com o apoio especializado da tenente-coronel Claudia Moraes, uma das idealizadoras e atual coordenadora da Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, para compartilhar suas histórias de vida, tirar dúvidas jurídicas, se informar sobre questões diversas e ainda receberam suporte psicológico e de assistência social.

A militar retratou vários temas, como os tipos de violência contra a mulher. “Ao todo, são cinco: física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. É importante entender isso para que os casos sejam identificados e investigados. A violência contra a mulher precisa, sim, ser colocada em pauta e debatida”, explica. Outros pontos ressaltados foram a atuação da Patrulha Maria da Penha e as regulamentações da lei de mesmo nome.

A diretora técnica do Complexo Estadual de Saúde da Penha falou sobre a importância da iniciativa de abordar o assunto nas unidades de saúde: “Muitas vezes essas mulheres que aqui chegam, por medo ou vergonha não falam sobre o que aconteceu, e é importante que nossas equipes possam também estar prontas para identificar, acolher, ajudar e mostrar os caminhos a seguir”, salientou Dra. Flavia Nobre.

Criado em 2019, o programa Patrulha Maria da Penha tem o objetivo de prevenir os casos de feminicídios e a reincidência de agressões. Desde então, foram assistidas mais de 48.800 mulheres e realizados cerca de 153.300 atendimentos. O programa está estruturado em todos os 39 batalhões do Rio e atua com 180 policiais militares.

“No Hospital Estadual Getúlio Vargas e UPA Penha, recebemos as mulheres com toda atenção e gentileza, porque muitas delas chegam fragilizadas e vulneráveis. Ainda que não pareça, um olhar atencioso ou um gesto amigável pode tocar a alma delas. Nosso objetivo é acolhê-las da melhor forma e acompanhá-las em todo o processo”, destaca Kelly Cristina Ferreira, coordenadora de serviço social.

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas.

Prestigiaram o evento, o diretor geral do Complexo Estadual de Saúde da Penha, Dr. Paulo Ricardo Lopes da Costa, e a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, da Secretaria Estadual da Mulher, Gisele Dantas, que representou a secretária Heloisa Aguiar.

 

Fontes: Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro; Coordenação de Serviço Social e Assessoria de Comunicação e Eventos do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Foto: IPCEP.