HEGV encerra primeira fase do projeto Lean nas Emergências com resultados excelentes

Na tarde do dia 05 de junho, aconteceu o encerramento da primeira fase do Lean nas Emergências no Hospital Estadual Getúlio Vargas, projeto viabilizado por meio do Proadi-SUS, do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio Libanês/SP, com resultados bastante satisfatórios nos indicadores gerados nos últimos seis meses.

O evento contou com a presença da superintendente de Unidades Próprias e Pré-Hospitalares da SES-RJ, Dra. Penélope Saldanha; do diretor executivo do IPCEP, Leonardo Fonseca Lopes; do diretor geral do Complexo Estadual de Saúde da Penha, Dr. Paulo Ricardo Lopes da Costa; da diretora técnica, Dra. Flavia Nobre; do diretor administrativo, José Paulo Teixeira Azevedo; e do consultor do Hospital Sírio-Libanês e integrante do projeto, o engenheiro de produção Lucas Cézar Sotana.

A diretora técnica iniciou a apresentação sobre os resultados dos trabalhos desenvolvidos, destacando que tudo só foi possível pelo compromisso e confiança dos profissionais da assistência, e ressaltou a importância da continuidade das ações para garantir a manutenção das melhorias. “Todo processo foi desafiador pela necessidade de mudanças nos processos de trabalho. A implantação das ferramentas Lean possibilitou otimização de espaços e materiais, além de eliminação dos excessos, redução de desperdícios, redução do tempo de espera para atendimento médico e maior rotatividade nos leitos”, afirmou. Na sequência, falaram: a coordenadora do Núcleo da Qualidade e Segurança do Paciente, Juliana Nepomuceno; a coordenadora de enfermagem da emergência adulto, Daiane karla Couto da Silva Mesquita; o coordenador médico da emergência adulto, Dr. Clavio Luiz Ribeiro Filho; a coordenadora de enfermagem do centro cirúrgico, Daniele Madureira da Silva Lacerda; e o coordenador do departamento de Tecnologia da Informação e Comunicações, Raphael Aversa.

Neste primeiro ciclo, com visitas quinzenais dos consultores, foi feita uma análise minuciosa do funcionamento do setor de Emergência do HEGV, a fim de identificar os possíveis entraves que dificultam o fluxo de atendimentos e propor soluções. Também foram implantados diversos indicadores e planos de ações que continuarão sendo acompanhados, de forma remota.

“O que percebemos é que o Hospital caminhou muito bem. Vocês aprenderam muito com a gente, mas também tivemos muitos aprendizados aqui. A equipe de trabalho é excelente e esperamos que muitos progressos possam acontecer na instituição nos próximos meses”, ressaltou Sotana.

Para o diretor geral, os números finais da primeira fase do Projeto Lean nas Emergências são promissores. “Percebe-se que a aplicação de cada etapa do projeto nos mostrou que é possível, sim, melhorar o fluxo e permitir um melhor atendimento, e com mais agilidade, ao usuário do Sistema Único de Saúde. Parabenizo todos os profissionais do Complexo Estadual de Saúde da Penha pelo envolvimento e entrega dos resultados e deixo meus agradecimentos à SES-RJ, ao IPCEP e aos consultores Marcelo Pedreira e Lucas Sotana. E que venha a segunda fase!”, finalizou Dr. Paulo Ricardo.

Resultados dos Indicadores:

– Principais ações implementadas – VSM horizontal: otimização do tempo para transporte do paciente para exame (utilização no novo fluxo proposto pelo diagrama espaguete); otimização do transporte do paciente para os setores de destino.

– Principais ações implementadas – VSM vertical: acolhimento adulto – treinamento das equipes para situações de conflito; reordenação de fluxos da sala verde e hipodermia; mensuração/acompanhamento do tempo porta-médico; realização de Hudlle.

– Principais ações implementadas – VSM sala vermelha: aquisição de aparelho USG exclusivo; redução do tempo de permanência do paciente (disponibilidade de leito na sala amarela); redução no tempo (26%) para realização de exames.

– Principais ações implementadas – diagrama espaguete: abertura de sala de hipodermia para pacientes verticais; reordenação do fluxo de circulação dos pacientes verticais; reordenação da circulação dos pacientes horizontais.

– Planos de ação: 74% concluídos.

– Indicadores NEDOCS: redução de 60%.

– Dias de ativação do PCP: não houve.

– LOS sem internação: redução de 33%.

– LOS com internação: redução de 75%.

– Infecções relacionadas a assistências à saúde (IRAS) na sala amarela: não houve.

– Fator de utilização do leito hospitalar: aumento de 4%.

– Tempo médio de permanência do paciente internado (em dia): redução de 15%.

– Taxa de agregação – paciente vertical: aumento de 2%.

– Taxa de agregação – paciente horizontal: aumento de 2%.

– Volume diário de pacientes no SU: aumento de 9%.

– Volume médio anual de pacientes no SU: aumento de 9%.

– Chegada de ambulância: média de 11% mantida.

– Altas programadas em até 24h após a entrada do paciente (início em 06 de março): aplicação em todas as clínicas; melhoria no giro de leito.

– Utilização da sala de alta paciente (início em 06 de março): melhoria no giro de pacientes nas enfermarias; agilidade no processo de alta; proximidade do paciente com a portaria de saída.

Conclusões:

– Durante todo o projeto, foi possível contar com todo o engajamento da comunidade hospitalar, mantendo-se a motivação na execução das atividades propostas.

– Houve a oportunidade de potencializar o entrosamento e cooperação da equipe, uma vez que a execução das ações ocorrem de forma coletiva.

– O reordenamento do atendimento ao paciente vertical (sala de hipodermia) trouxe agilidade do atendimento, decisão clínica com mais assertividade, além da melhoria na satisfação do usuário.

– As ferramentas utilizadas no Lean possibilitaram implementação de ações envolvendo todas as áreas da unidade, trazendo aos processos que envolvem o cuidado ao paciente, parceria e melhoria na comunicação institucional.

Agradecimentos:

– À Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), por conceder a oportunidade de participar do Projeto Lean, agregando valor e qualidade ao serviço prestado ao usuário do Hospital Estadual Getúlio Vargas.

– Ao Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), pelo apoio e provisão durante todo o projeto, e incentivo à busca de melhorias contínuas.

– À Direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas, por caminhar lado a lado com os profissionais em todo o projeto e incentivar na realização do “a mais” em prol do paciente.

– Ao médico Marcelo Pedreira e ao engenheiro de produção Lucas Sotana, pela parceria e companheirismo, além do compartilhamento de conhecimentos.

– A cada colaborador do Hospital Estadual Getúlio Vargas, pelo engajamento em abraçar o Projeto, acreditando nos benefícios a serem oferecidos ao usuário do Sistema Único de Saúde.

 

Fontes: Projeto Lean nas Emergências e Assessoria de Comunicação do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Fotos e arte: IPCEP.