Dia Mundial da Obesidade: vamos pensar sobre o tema?

4 de março, 2022

A Federação Internacional da Obesidade mudou a data do Dia Mundial da Obesidade, que era 11 de outubro, para 4 de março, a partir de 2020. Com essa mudança, o órgão pretende alinhar em um mesmo dia outras atividades ao redor do mundo, como a Semana Nacional de Cuidados com a Obesidade, que ocorre de 1º a 7 de março. Com uma data única, o objetivo é coordenar melhor os esforços para reconhecer a obesidade como uma doença multifatorial e crônica que afeta quase 20% dos brasileiros, o que representa mais de 41 milhões de pessoas. No mundo, estima-se que haja mais de um bilhão de adultos acima do peso, sendo que 500 milhões são considerados obesos.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode estar relacionada à herança genética, sedentarismo, distúrbios alimentares, disfunções hormonais e até fatores psiquiátricos, psicológicos, comportamentais e ambientais.

A data foi criada em 1997 com o intuito de conscientizar sobre os riscos da doença e estimular hábitos saudáveis na população. Ainda, é uma oportunidade para falar sobre a gordofobia, algo que ocorre em pessoas com excesso de peso, criando estereótipos negativos e caricaturais. Atitudes gordofóbicas podem partir da incompreensão do que é a obesidade, em geral, que traria uma espécie de culpa para o obeso por sua condição física, sem levar em conta os fatores por trás da doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos. No Brasil, os números atuais mostram que a obesidade já é um problema de saúde pública.

Define-se obesidade mórbida quando o IMC (Índice de Massa Corporal), que é calculado pela divisão do peso em quilos pela altura em metros ao quadrado [kg/(m)2], é maior ou igual a 40. Nesses casos, o risco de morte praticamente duplica, devido a maior ocorrência de doenças associadas à obesidade, tais como hipertensão, diabetes, apneia do sono, cardiopatias, entre outras. Este risco também pode ser elevado nos pacientes com IMC maior que 35 e que apresentam, pelo menos, uma das doenças mencionadas.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam a prevenção contra a obesidade e a conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar, se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias. Gordura na barriga, perigo à vista!

 

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Federação Mundial da Obesidade (WOF), Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Arte: IPCEP.

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