As cores de junho na prevenção de doenças

2 de junho, 2023

No calendário de lutas, estratégia de comunicação e conscientização, chegamos ao sexto mês do ano, que elegeu três cores para servir de alerta à população sobre o cuidado à saúde e à vida: vermelho, laranja e lilás.

Em 2015, o Movimento Eu Dou Sangue deu início ao “Junho Vermelho”, campanha para estimular reflexões e promover mais conhecimento à população sobre a doação de sangue, alertar a respeito da importância de expandir o número de doadores nos hemocentros no período mais frio do ano, o inverno, e, também, homenagear os que já doam, porque o dia 14 do sexto mês é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue.

O sangue é insubstituível e não é produzido artificialmente. Na doação, o doador voluntário tem seu sangue colhido e acondicionado em um banco de sangue ou hemocentro, para uso posterior em transfusões de sangue. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil, esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Esta quantidade ainda sofre uma queda alarmante durante os feriados e as férias.

O “Junho Laranja” foca no combate à anemia e leucemia, doenças que, apesar de ocorrerem no sangue, são bem diferentes entre si.

A anemia decorre da redução das células vermelhas no sangue, as hemácias ou eritrócitos, que são as responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões para os outros órgãos por meio da corrente sanguínea. Cansaço, sonolência, tontura, palpitações, faltas de ar, dor no peito, palidez e pressão baixa são alguns dos sinais da anemia no organismo.

A leucemia é uma pluralidade de tipos de câncer com origem nos tecidos da medula óssea. A medula óssea começa a produzir uma grande quantidade de glóbulos brancos doentes ou imaturos (também denominados blastos), afetando diretamente a produção de glóbulos vermelhos saudáveis e provocando a redução do percentual de células normais de sangue no organismo. Anemia, fadiga, hemorragias, infecções frequentes, hematomas, baixa imunidade, febre, palidez e perda de peso sem motivo aparente estão entre alguns dos sinais de leucemia.

Os tratamentos para as doenças são diferenciados. Recomenda-se, para tratar a anemia, e dependendo da causa, vitaminas, suplementos alimentares ou transfusão de sangue. Para a leucemia, as terapias podem incluir radioterapia, quimioterapia e transplante de medula.

O “Junho Lilás” chama atenção para duas campanhas: a realização dos exames do bebê e, especialmente, do teste do pezinho ampliado, por ocasião do Dia Nacional do Teste do Pezinho (06), e alertar a população sobre as questões de maus tratos praticados contra idosos. O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa é celebrado no dia 15.

Teste do Pezinho é o nome popular do exame de sangue simples e rápido que deve ser feito em todos os recém-nascidos na primeira semana de vida, entre o 3º e o 5º dia após o nascimento, de acordo com o Programa Nacional de Triagem Neonatal. Não é aquele carimbo dos pezinhos dos bebês que as maternidades costumam fazer e entregar aos pais. Muitas pessoas ainda confundem, mas a impressão plantar nada tem a ver com o Teste do Pezinho.

O exame salva vidas, pois detecta de forma precoce alterações no sangue do bebê que podem indicar doenças graves de nascença, algumas fatais, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. É o primeiro passo para o diagnóstico correto nos primeiros dias de vida e possibilita o início de um tratamento imediato, que faz toda a diferença no futuro da criança.

A violência contra pessoas acima de 60 anos é um grave problema de saúde pública que necessita de intervenção e acompanhamento de todos. Entre os tipos de violências às quais as pessoas mais velhas estão sujeitas são física, psicológica, sexual, institucional, patrimonial e discriminação. Além de negligência e abuso financeiro.

Viver com dignidade e sem maus tratos é um direito de todos, principalmente dos idosos. Vale ressaltar que violência contra pessoa idosa é crime. Há várias formas de denunciar a prática contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Um dos principais canais é o Disque 100.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam as campanhas de junho no cuidado à saúde e à vida.

 

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Movimento Eu Dou Sangue, HEMORIO, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Agência Brasil, Instituto Jô Clemente (IJC), Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM) e Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. Arte: IPCEP.

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