As cores de março na prevenção de doenças

Em 1997, nos Estados Unidos, foi lançada a Campanha Outubro Rosa, uma ação de conscientização e de prevenção do câncer de mama. Nos anos seguintes, a mobilização ganhou a simpatia e o engajamento de outros estados americanos e de vários países e continentes. A criação do Outubro Rosa foi tão positiva que grupos da sociedade civil organizada, ONGs e organizações médicas passaram a estabelecer cores para os meses do ano com o objetivo de difundir, quebrar preconceitos e ampliar a prevenção de doenças.

Em março, são quatro as cores de campanhas que disseminam informações sobre tratamentos e atitudes preventivas em relação a algumas doenças: azul-marinho, lilás, vermelho e amarelo.

O azul-marinho foi a cor escolhida para conscientizar sobre o câncer colorretal, um dos mais comuns no mundo. A probabilidade de se contrair esse tipo de câncer gira em torno de 5%, um número relativamente alto. Por isso é tão necessário falar sobre conscientização e prevenção. Pessoas com alto consumo de álcool, alimentação desregrada e sobrepeso têm mais chance de desenvolver a doença. A prevenção primária consiste em manter hábitos saudáveis de vida. Praticar exercícios físicos, não fumar, não beber em excesso e ter uma alimentação saudável são atitudes bem funcionais.

Representado pela cor lilás, a campanha traz uma reflexão sobre a necessidade de se falar sobre o câncer de colo de útero, quarta maior causa de morte por câncer em mulheres, e do dever da prática segura do sexo, já que o vírus HPV, sexualmente transmissível, é o grande responsável pelo surgimento desse tipo de câncer. O exame que ajuda a detectar a infecção causada pelo HPV e possíveis alterações no colo do útero chama-se Papanicolau, que deve ser feito pelas mulheres sexualmente ativas, com idade superior a 25 anos, em intervalos iniciais de 12 em 12 meses. Para meninas de 09 a 14 anos, o Ministério da Saúde assegura imunização, através de vacinação.

O câncer renal tem a cor vermelha como símbolo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), cerca de seis mil novos casos da doença são registrados todos os anos. São considerados grupo de risco para desenvolver algum tipo de câncer nos rins pessoas com histórico de doença renal na família, hipertensos, pessoas com sobrepeso e, principalmente, fumantes. Hábitos alimentares saudáveis, prática de atividades físicas e consumo de dois ou três litros de água diariamente estão entre algumas medidas que devem ser adotadas para reduzir as chances de se contrair algum tipo de doença renal.

Um problema muito frequente entre as mulheres em período fértil, que provoca dor na região pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar e, em alguns casos, infertilidade, a endometriose é a doença em destaque no março amarelo. Patologia crônica com diagnóstico demorado, às vezes confundida com cólicas menstruais, a enfermidade afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo e, aproximadamente, 7 milhões no Brasil. Recomenda-se procurar um ginecologista para descrever o que sente e receber orientação sobre tratamento e acompanhamento, em caso de diagnóstico positivo da doença.

O IPCEP e a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas e UPA Penha 24h apoiam as campanhas de março na prevenção de doenças.

Fontes: Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), Gineco.com, Oncoguia, Vencerocancer.org e Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde. Arte: IPCEP.