Profissionais do Complexo Estadual de Saúde da Penha participam de capacitação sobre cuidados paliativos

27 de maio, 2022

A humanização do tratamento no campo da saúde é uma das principais formas de atuar na prevenção e alívio do sofrimento, tanto de pacientes, quanto das pessoas que os acompanham. É nesse sentido que os cuidados paliativos operam como uma ferramenta primordial na manutenção da qualidade de vida e na estratégia de promoção da saúde.

Entendendo a relevância desse trabalho, a Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Estadual Getúlio Vargas promoveu, no dia 23 de maio, uma capacitação com o tema “Cuidados Paliativos em UTI: porque, como e quando”, ministrada pelo Coordenador Médico do Bloco Crítico, e presidente da Comissão, Dr. Sandro Oliveira. Foi uma manhã de informações sobre a razão de um serviço de saúde: o paciente.

Definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1990, e atualizada em 2002, os Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. A OMS estima que todos os anos mais de 40 milhões de pessoas necessitarão de cuidados paliativos em algum momento da vida.

“Em geral, as pessoas não querem falar sobre sua finitude. A doença, o envelhecimento e a morte não são acidentes de percurso, são características inerentes da nossa condição de seres humanos. Mas é muito importante frisar que os cuidados paliativos não são apenas para a fase final de vida, são essenciais desde o início, no processo e, principalmente, focam na qualidade de vida da pessoa, até o final. Quando falamos em cuidado paliativo, o que de imediato vem à mente é a ideia de que o paciente está morrendo e, portanto, não há nada mais a ser feito, o que gera um preconceito na busca por esse tipo de tratamento. Mas isso não é real, precisamos desmistificar esse conceito: no cuidado paliativo há sempre muito a ser feito em prol do bem estar e da qualidade de vida. O objetivo é traçar as melhores estratégias para assegurar a ele a melhor linha de cuidado integral e individualizado para que ele viva e conviva com a doença com plenitude e dignidade”, esclarece Dr. Sandro.

O HEGV já trabalha com a metodologia dos Cuidados Paliativos e o encontro foi uma oportunidade de atualização dos profissionais da equipe multidisciplinar, enfermeiros e médicos.

“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte”. A frase de Cicely Saunders, médica britânica, pioneira nos cuidados paliativos, resume a abordagem que visa colocar o paciente com uma doença incurável no cerne do cuidado, respeitando até o último momento os seus desejos e a sua individualidade.

“Essa demandante precisa ser cada vez mais plantada. Podemos não mudar a morte, mas podemos mudar a forma de morrer”, finaliza o Presidente da Comissão.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam as ações da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Estadual Getúlio Vargas e UPA Penha 24h.

 

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), The Economist e Comissão de Cuidados Paliativos do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Foto: IPCEP.

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